MPT-RS promove oficina de capacitação para povos tradicionais e originários
Evento é realizado nesta terça e quarta-feira no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Estado
O Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul (MPT-RS) realiza nesta terça e quarta-feira (5 e 6/12) oficina de capacitação voltada para representantes de povos originários e comunidades tradicionais. O evento, realizado em parceria com a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado, acontece no Plenarinho Sala João Neves da Fontoura da AL, em Porto Alegre (Praça Mal. Deodoro, 101, Centro Histórico).
O objetivo é capacitar os representantes de entidades ligadas a povos originários e comunidades quilombolas a formular e formatar projetos sociais de forma a poder concorrer a recursos junto a entidades e programas de financiamento.
A programação vai das 9h às 18h no dia 5/12 e das 9h às 17h no dia 6 e inclui orientações sobre o que deve conter um projeto, dicas para um melhor planejamento e orientação sobre prestação de contas, elementos indispensáveis para concorrer aos recursos provenientes de editais públicos e privados.
"Essa oficina é o marco final do nosso mandato à frente da Conaete e representa o resultado da reunião dos esforços entre o MPT, instituições e entidades parceiras, a fim de viabilizar o acesso de representações e lideranças do movimento social negro às instâncias formais de poder e a possíveis financiamentos decorrentes de editais públicos e privados", discursou o coordenador regional da Conaete, o procurador do MPT Lucas Santos Fernandes.
A capacitação é realizada no âmbito do projeto educacional Àwúre, que é uma ação do Grupo de Trabalho do Ministério Público do Trabalho “Povos Originários, Comunidades Tradicionais e Periféricas” executado em parceria estratégica com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), com o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) e com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS).
A deputada estadual Laura Sito, presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos participou da abertura do evento e ressaltou a importância da iniciativa. "Fizemos ao longo do ano diversas reuniões, diversas escutas junto do movimento social negro a partir do GT Interinstitucional sobre trabalho análogo à escravidão. (…) nem sempre o nosso diálogo foi calmo. Mas, todo esse trabalho resultou em ações como este momento que estamos vivenciando com pessoas diversas e dispostas a aprender e multiplicar estudos e ideias sobre os direitos humanos", disse a deputada.
Dos 43 inscritos, estão presentes 32 representantes de entidades vinculadas a povos originários, comunidades tradicionais e periféricas provenientes de todo o Rio Grande do Sul.
Texto e fotos: Théo Pagot (estagiário de Jornalismo)
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