Evento do MPT no Dia Mundial de Luta contra os Agrotóxicos lembra periculosidade dos produtos
Filme e palestra foram apresentados no auditório do MPT-RS
Na tarde desta quarta-feira (3/12), membros, servidores e estagiários do Ministério Público do Trabalho (MPT) em Porto Alegre participaram de evento alusivo ao Dia Mundial de Luta Contra os Agrotóxicos, organizado pelo procurador do Trabalho Noedi Rodrigues da Silva, representante do órgão no Fórum Gaúcho de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e vice-coordenador nacional do MPT Socioambiental. Na ocasião, foi exibido o documentário "Bophal", sobre acidente químico ocorrido na cidade indiana de mesmo nome, em 3 de dezembro de 1984, origem da data oficial. Estima-se que cerca de 25 mil pessoas tenham morrido e 100 mil tenham adoecido em decorrência da liberação de uma nuvem de gás tóxico da fábrica de pesticidas da Union Carbide em Bophal.
De acordo com o procurador Noedi, os problemas apresentados pela produção e uso de agrotóxicos incluem, entre outros, o meio ambiente de trabalho. "Não há ambiente mais nocivo para o trabalhador do que aqueles em que há o uso de agrotóxicos", explicou. No Estado do Rio Grande do Sul, em parte ainda predominantemente agrícola, a situação é constatada cotidianamente. O procurador também salientou que os testes para a liberação destes produtos, comprovadamente maléficos à saúde dos consumidores e dos trabalhadores, é pouco rigorosa.
O evento contou com a participação do procurador-chefe adjunto do MPT-RS, Rogério Uzun Fleischmann, e do procurador do Trabalho Gilson Luiz Laydner de Azevedo. Compareceram cerca de 20 servidores.
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Texto e foto: Luis Nakajo (analista de Comunicação)
Supervisão: Flávio Wornicov Portela (reg. prof. MTE/RS 6132)
Tags: Dezembro