Vice-procurador-chefe defende fortalecimento dos sindicatos
Gilson Azevedo participou de seminário da CUT-RS; dirigentes sindicais de várias categorias apontaram importância da resistência à "antirreforma" trabalhista nas negociações coletivas para preservar direitos dos trabalhadores e evitar retrocessos
O vice-procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Sul (MPT-RS) e representante regional da Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical (Conalis), Gilson Luiz Laydner de Azevedo, defendeu o fortalecimento dos sindicatos em seminário da Central Única dos Trabalhadores do Estado do RS (CUT-RS), realizado ao longo de quarta-feira (11/4). O encontro foi realizado no auditório do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas de Porto Alegre e Triunfo (Sindipolo), na Capital. Dirigentes sindicais de várias categorias apontaram a importância da resistência à "antirreforma" trabalhista nas negociações coletivas para preservar os direitos dos trabalhadores e evitar retrocessos.
Diante do atual quadro, em que a reforma trabalhista enfraqueceu sindicatos e dificultou acesso dos trabalhadores à Justiça do Trabalho, o vice-procurador-chefe disse que "se voltamos a patamares do século XIX, como muitos afirmam em relação aos direitos trabalhistas, vocês também devem voltar ao patamar de organização da classe trabalhadora daquele período (quando da busca de organização dos trabalhadores), com a união das entidades”. Gilson afirmou, ainda, que “é preciso transparência, passar sentimento de solidariedade e estimular a participação política, ir atrás do trabalhador e não esperar que ele venha até o sindicato”. Completou que "é preciso buscar na história o que levou o Estado a garantir aos trabalhadores os seus direitos. O momento exige isso, pois muito do que poderia ser definido a partir de preceitos constitucionais não vem acontecendo”.
O encontro, promovido pelas Secretarias de Formação, Relações de Trabalho e Organização Sindical da CUT-RS, contou com participação de dirigentes dos sapateiros, metalúrgicos, professores, telefônicos, trabalhadores da alimentação, da construção, moveleiro, rurais, trabalhadores em call center, postos de combustíveis e processamento de dados, dentre outros.
Texto: Flávio Wornicov Portela (reg. prof. MT/RS 6132) com informações e foto de CUT-RS
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