MPT-RS recebe instituições para debater cooperação contra o trabalho escravo

Procurador-chefe reuniu-se na sede do órgão com representantes dos governos estaduais do RS, da Bahia e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)

    O procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul, Rafael Foresti Pego, participou nesta terça-feira, 28/3, de uma reunião interinstitucional com representantes dos governos estaduais de RS, Bahia e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para discutir questões do combate ao trabalho escravo contemporâneo e possíveis colaborações entre as instituições para o enfrentamento do problema.

     Participaram do encontro, realizado no gabinete da administração do MPT-RS (Avenida Tarso Dutra, 605, 11º andar), o secretário de Justiça, Direito Humanos e Desenvolvimento Social do Estado da Bahia, Felipe Freitas; a superintendente de Apoio aos Direitos Humanos da secretaria, Trícia Calmon; o secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH) do RS, Mateus Wesp; a diretora de Justiça da SJCDH/RS, delegada Viviane Viegas; o coordenador da Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo (Coetrae RS), Leonardo Goulart; e o superintendente regional do Trabalho no Rio Grande do Sul, Claudir Nespolo, acompanhado dos auditores-fiscais do Trabalho Henrique Mandagará e Sérgio Garcia.

     Durante a reunião, foram discutidos os casos recentes de resgates a trabalhadores em situação análoga à escravidão no Rio Grande do Sul, inclusive o resgate de mais de 200 trabalhadores em Bento Gonçalves, a maioria deles oriunda da Bahia. Também foi debatido o recente Acordo de Cooperação Institucional assinado no dia 17 de março entre o MPT e o governo do Estado do Rio Grande do Sul. Também foram tema da reunião outras questões relativas à atuação de cada uma das instituições, bem como propostas de troca de informações para um combate coordenado e efetivo ao problema do trabalho escravo contemporâneo.

     O número de resgatados em situação análoga à escravidão no Rio Grande do Sul até este mês de março já soma 298 pessoas – número recorde e quase o dobro dos 156 resgatados no ano passado. Por sua vez, o número do ano passado também representava quase duas vezes os 76 resgatados em 2021.

Texto: Carlos André Moreira (reg. prof. MT/RS 8553)
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