Mediação com participação do MPT-RS encerra paralisação no transporte público de Cachoeira do Sul
Sessão conduzida pelo TRT-4 se encerrou com acordo para quitação de salários atrasados e verbas rescisórias
O Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul (MPT-RS) participou, na segunda-feira (29/1), de uma audiência de mediação entre representantes de trabalhadores e a empresa Transportes Nossa Senhora das Graças (TNSG), responsável pelo serviço rodoviário municipal de Cachoeira do Sul. Como resultado da mediação, foi encerrada a greve dos trabalhadores da companhia, iniciada no próprio dia 29 como forma de reivindicar reajuste nos valores de salário e vale-refeição.
A audiência foi realizada por videoconferência, e os trabalhos foram conduzidos pelo vice-presidente do TRT-4, desembargador Alexandre Corrêa da Cruz. O representante do MPT-RS na audiência foi o procurador regional do trabalho Marcelo Goulart.
Os trabalhadores paralisaram as atividades na segunda, reivindicando reajuste no salário e no vale-alimentação. Com o acordo firmado no TRT-4, os ônibus voltaram a circular normalmente no dia seguinte.
Também participaram da reunião a juíza auxiliar da vice-presidência do TRT-4, Mariana Piccoli Lerina, o juiz titular da Vara do Trabalho de Cachoeira do Sul, Carlos Henrique Selbach, a prefeita municipal, Ângela Schuch, além de representantes da empresa de ônibus e do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Cachoeira do Sul.
Na negociação, foi construída e aceita pelas partes uma proposta de reajuste de 7% no salário e de R$ 100,00 no vale-alimentação, a contar de 1º de janeiro. O implemento na folha ocorrerá a partir de março. As diferenças decorrentes da incidência do reajuste desde janeiro serão pagas em três parcelas, nos contracheques de março, abril e maio, sem impacto substancial no financeiro da empresa.
Também foi acordado que não haverá prejuízo do pagamento do salário do dia da paralisação.
“Importante que mediante o diálogo as partes chegaram a um consenso que garantiu um reajuste salarial e a continuidade da prestação do serviço de transporte público”, comentou o procurador do MPT-RS Marcelo Goulart.
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