"Delegacia do futuro" inaugurada em Santa Cruz do Sul
Reforma de prédio da DP custou R$ 600 mil; valor foi destinado pelo MPT e comunidade; ambientes modelos qualificam atendimento às vítimas; procuradora Thaís homenageada
A Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Santa Cruz do Sul foi reinaugurada no final da tarde desta terça-feira (1/10). Apelidada de "Delegacia do futuro", a obra durou sete meses e custou R$ 600 mil. O valor foi arrecadado com destinações do Ministério Público do Trabalho (MPT), mais recursos do Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro), do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), da Associação de Entidades Empresariais de Santa Cruz do Sul (Assemp) e do Município. Trata-se de espaço mais seguro e acolhedor a quem necessita de atendimento.
É na DPPA que a comunidade busca atendimento quando precisa registrar ocorrências como furtos, roubos e violência doméstica, entre outros. A partir do primeiro registro, os casos são encaminhados para as delegacias especializadas. Em 2018, foram 15 mil registros de delitos na DPPA de Santa Cruz do Sul. A DPPA está localizada no primeiro piso de um prédio de três andares, na rua Ernesto Alves, no Centro de Santa Cruz do Sul. Toda a fachada do imóvel foi refeita. A maior transformação está dentro do prédio, onde os espaços foram modificados para dar mais comodidade a quem procura atendimento e encurtar o tempo de espera.
A procuradora Thaís Fidelis Alves Bruch, representada pela procuradora Enéria Thomazini (ambas do MPT santa-cruzense), foi homenageada pela 16ª Delegacia Regional de Polícia do Interior. O delegado Luciano Fernandes Menezes agradeceu a parceria institucional da procuradora Thaís, "por acreditar na qualidade do nosso trabalho e ainda pelos relevantes serviços prestados por Vossa Excelência nos últimos anos, em prol da segurança pública e de interesse da comunidade". A procuradora Enéria informou que a obra na DP foi escolhida para receber recursos por se tratar de reforma que traria benefícios à comunidade. Os valores destinados são de multas pagas a partir do descumprimento da legislação trabalhista.
Setores
A porta de entrada foi substituída por uma de funcionamento automático, de acordo com a aproximação das pessoas. O pátio foi transformado em estacionamento e recebeu portões eletrônicos. O acesso, antes liberado durante todo o dia, é restrito da meia-noite às 6h. Nesse período, é preciso utilizar um interfone para se comunicar com o policial plantonista, que libera o ingresso. Confira as principais mudanças:
A sala onde a comunidade aguarda por atendimento, antes tinha apenas cadeiras e funcionava na ordem de chegada. Após a reforma, conta com senhas eletrônicas, que direcionam o público de acordo com a demanda. A senha é impressa após a pessoa escolher uma das categorias: registro de ocorrência, registro de ocorrência de atendimento preferencial, acidente com danos materiais ou outros atendimentos. A senha é exibida em um painel eletrônico. No mesmo espaço, há uma televisão direcionada para o público que aguarda ser chamado.
Presos que chegam à DPPA, conduzidas pelos policiais, ingressam no prédio por um corredor lateral, isolado dos outros ambientes. Na sequência, passam pela sala de triagem, sala de reconhecimento, registro de flagrante e então são encaminhados às celas de custódia, que também foram reformadas. Antes da reforma, vítimas e suspeitos de crimes ingressavam pela mesma porta.
Os policiais que trabalham na delegacia também permanecerão em espaços com maior conforto. Uma sala climatizada, com sofás, foi implantada para os agentes que atuam no local. O gabinete, ocupado pelo delegado ou delegada de plantão, foi reformado. Banheiros para policiais e para o público também receberam melhorias.
A delegacia recebeu 16 câmeras de videomonitoramento em pontos estratégicos, como a entrada, os fundos, celas, e outros cômodos. Por um painel, os policiais plantonistas acompanham as imagens captadas pelos equipamentos. Os vídeos permanecem arquivados e podem ser consultados posteriormente.
O registro da ocorrências, antes realizado em frente do local onde as outras pessoas aguardavam, sem separação de ambientes, agora ocorrerá dentro de guichês, divididos por biombos. O espaço conta com isolamento acústico, para manter a privacidade das vítimas.
Públicos que integram grupos vulneráveis, como mulheres vítimas de violência doméstica, crianças, adolescentes, idosos e LGBTs, serão atendidos na chamada Sala das Margaridas, um ambiente de acolhimento reservado. Uma policial foi destacada para fazer esse atendimento de forma prioritária.
Fotos: Bruno Pedry (portal Gaz, imagem inferior) e Félix Zucco (Agência RBS, imagem superior)
Texto: Júlia Flor (estagiária de Jornalismo) com informações de GaúchaZH
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Tags: Outubro