Três argentinos são resgatados de condições análogas à escravidão em Arvorezinha durante colheita de erva-mate
Trabalhadores tinham 29, 34 e 35 anos
Em uma operação coordenada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com acompanhamento do Ministério Público do Trabalho (MPT) e com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), três trabalhadores de nacionalidade argentina foram resgatados de condições análogas às de escravo em Arvorezinha, no Rio Grande do Sul. Os trabalhadores laboravam na colheita da erva-mate para uma indústria ervateira do município.
Os trabalhadores estavam alojados em uma edificação que havia sido uma escola municipal. Uma pequena sala de aula servia de dormitório e cozinha. O local não oferecia condições adequada: não havia chuveiro no banheiro ou geladeira para a conservação dos alimentos, e os trabalhadores dormiam em colchões. Mesas escolares eram improvisadas como apoio para o preparo dos alimentos.
Além de estarem em condições precárias, os trabalhadores não possuíam autorização para trabalhar no Brasil, nem CPF ou registro em carteira. Dois trabalhadores não eram alfabetizados, não sabiam ler e escrever. Após o resgate, eles receberam as verbas rescisórias e tiveram custeado o retorno à Argentina. O MTE também garantiu a emissão de três parcelas do seguro-desemprego a cada um deles. O MPT firmou Termo de Ajuste de Condutas (TAC) com a empresa empregadora para garantir o pagamento das verbas trabalhistas, indenização individual e o retorno para a Argentina.
A operação reforça o compromisso das autoridades brasileiras no combate ao trabalho escravo e na proteção dos direitos humanos, especialmente em situações que envolvem trabalhadores imigrantes internacionais em vulnerabilidade.
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