Denúncias de irregularidades trabalhistas relacionadas às enchentes já são 29,5% do total de maio
60 das 203 denúncias apresentadas do início do mês até esta segunda ao MPT-RS são relacionadas às enchentes, principalmente com relação a comparecimento obrigatório em áreas inundadas ou sob risco; órgão também atua de modo preventivo e orientativo, com recomendações expedidas a Municípios e entidades representantes de empresas
Até esta segunda-feira (13/5), as violações trabalhistas relacionadas à calamidade pública no Rio Grande do Sul já motivaram 29,5% do total das denúncias recebidas pelo Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul (MPT-RS) em maio. Das 203 denúncias recebidas, 60 são referentes à crise, a maior parte relacionada ao comparecimento obrigatório ou permanência de empregados em áreas inundadas ou sob risco.
A maior parte das denúncias (83,3%) se concentra na região de abrangência de Porto Alegre. No total, com duas denúncias feitas no fim de abril, são 62 denúncias sobre o tema no Estado.
O MPT não suspendeu os prazos em procedimentos que envolvam irregularidades trabalhistas relativas à calamidade pública. Os procedimentos de outros temas podem ter seus prazos suspensos por 30 dias, prorrogáveis por mais 30, a partir de 7/5, dependendo da decisão de cada procurador oficiante. O atendimento ao público segue pelos canais online. É por eles também que podem ser feitas denúncias de irregularidades trabalhistas durante o período (veja abaixo)
Atuação preventiva
O MPT-RS reuniu-se ontem (13/5) com as principais entidades representantes de empregados e empregadores do Estado para discutir medidas trabalhistas alternativas no cenário de calamidade pública no Estado. A reunião teve como objetivo apresentar as recomendações expedidas pelo MPT na última semana. O órgão orienta os empregadores a priorizar, para redução dos impactos trabalhistas advindos das enchentes, medidas que garantam a manutenção da renda e do salário dos trabalhadores.
Também foi reforçada a importância do diálogo social prévio entre as entidades sindicais, para buscarem medidas adequadas à proteção do trabalho diante da calamidade pública vivenciada, observadas as particularidades de cada setor econômico e região.
Na quinta-feira (9/5), o órgão entregou recomendação à Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (FAMURS), solicitando que todos os municípios emitam gratuitamente atestado comprobatório da situação de exposição direta a alagamentos e enchentes, documento necessário para comprovar que o trabalhador foi atingido pelas enchentes e não pode comparecer ao trabalho.
Como denunciar
O MPT se solidariza com todas as pessoas afetadas pela situação de calamidade em nosso Estado. O órgão segue atuante e atento às irregularidades trabalhistas já existentes e às provocadas ou agravadas por essa situação.
Denuncie pelo site do MPT, mpt.mp.br, ou pelo link direto bit.ly/mpt_denuncie.
Os valores obtidos pelo MPT em sua atuação são revertidos prioritariamente em prol dos atingidos pelas enchentes no Estado. Até a manhã desta terça-feira, foram confirmados mais de R$ 5,6 milhões destinados pelo MPT em todo o Brasil, mais R$ 2,2 milhões do Comitê Gestor do dano Moral de Brumadinho, ainda pendentes de liberações administrativas e judiciais. Veja mais sobre nossa atuação em nosso Instagram @mpt.rs e pelo nosso site, prt4.mpt.mp.br.
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